A Nova Zelândia ratificou, nesta quarta-feira (25), um projeto de lei que possibilita às vítimas de violência doméstica o pedido de até dez dias de afastamento remunerado do trabalho, como já acontece em caso de férias ou problemas médicos, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo. Apenas as Filipinas já haviam aprovado lei similar. Na Austrália, as vítimas podem tirar até cinco dias de licença não remunerados.
A medida foi sugerida pela deputada Jan Logie, do Partido Verde, e apoiada pela coalizão governista do país, que inclui os partidos Trabalhista e Nova Zelândia Primeiro. Aprovada por 63 votos a 57, ela também evita a demissão ou degradação das condições de trabalho das vítimas.
Segundo dados oficiais do país e do jornal local New Zealand Herald, a Nova Zelândia possui uma das taxas de violência doméstica mais altas do mundo, que chegam a 525 mil casos anuais, dos quais 80% não são comunicados. Tudo isso em uma população inferior a 5 milhões de pessoas.
O partido Nacional, de centro-direita, se opôs ao projeto, alegando que pode afetar negativamente as mulheres, em virtude de preferências do empregador.