A programação começou na sexta-feira (28) com os núcleos de São Paulo e Minas Gerais.

Em mais um investimento na qualificação de lideranças que vão disputar as eleições municipais deste ano, o PSD Mulher Nacional promove um ciclo de palestras on-line sobre legislação eleitoral. A programação começou na sexta-feira (28) com os núcleos de São Paulo e Minas Gerais. Nesta terça-feira (1º) foi realizada a reunião com as pré-candidatas do Rio de Janeiro. No próximo dia 8, será a vez do Acre e do Rio Grande do Sul.

Organizadas pela coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, as palestras são ministradas pela jurista e ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio e o especialista em Direito Eleitoral Humberto Chaves. As aulas contam, ainda, com as participações da vice-coordenadora nacional do PSD Mulher, Adriana Flosi, e da secretária nacional e suplente de senadora por São Paulo, Ivani Boscolo.

“As palestras são uma preparação para que nossas pré-candidatas possam fazer suas campanhas e obtenham seus votos sem que façam algo que possa criar problemas que inviabilizem suas candidaturas”, destacou Alda. Ainda segundo a coordenadora, as palestras reúnem, em média, cerca de 120 participantes e abordam temas como o impulsionamento de mensagens nas redes sociais e o financiamento de campanha.

Durante sua explanação, Luciana destacou as restrições e o que é permitido aos pré-candidatos. De acordo com a ex-ministra do TSE, desde que não peçam votos de maneira explícita ou indireta, os pré-candidatos podem conceder entrevistas; promover reuniões fechadas; participar de prévias, debates internos e reuniões do partido voltadas à discussão de ideias e propostas; além de prestar contas sobre suas atividades nos cargos públicos que ocuparam nos últimos quatro anos. As atividades de pré-campanha não podem ser transmitidas pelo rádio ou a TV, mas podem ser veiculadas pela internet.

Luciana chamou a atenção das pré-candidatas para que explorem o potencial do impulsionamento de mensagens durante a campanha, mas deixou um alerta. “Só é permitido impulsionar coisas que falem bem do candidato e da agremiação. Não pode impulsionar mensagens negativas, que falem mal de outros candidatos”, disse a palestrante.

Avanços

A ex-ministra do TSE também relembrou mudanças na legislação eleitoral que tiveram como objetivo garantir maior participação feminina no cenário político, como o estabelecimento do percentual mínimo de 30% nos órgãos de direção partidária e nas eleições proporcionais. Mas ressaltou que ainda há muito a fazer para que as mulheres tenham mais espaço.

“Estamos vivendo um momento único, uma oportunidade muito especial. O Poder Judiciário como um todo está atento e buscando contribuir para mudar essa triste realidade brasileira. O Brasil possui a pior representação feminina em cargos eletivos na América Latina. Isso não pode persistir mais. As mulheres têm que buscar o seu espaço e lutar por ele”, frisou Luciana.