Palestras orientam lideranças femininas e detalham mudanças na legislação eleitoral

Empenhado em qualificar as lideranças femininas, principalmente as que vão disputar as eleições municipais de novembro próximo, o PSD Mulher já promoveu palestras on-line sobre legislação eleitoral para os núcleos de cinco Estados brasileiros. Depois de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, as pré-candidatas do Rio Grande do Sul e do Acre receberam nesta terça-feira (8) as orientações da jurista e ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio e do especialista em Direito Eleitoral Humberto Chaves.

A palestra promovida para o núcleo gaúcho recebeu cerca de 300 inscrições e contou com as participações da presidente do PSD no Rio Grande do Sul, Letícia Boll Vargas, da tesoureira do diretório estadual do partido, Rosangela Negrini, da vereadora de Porto Alegre Cláudia Araújo, entre outras lideranças.

“O Rio Grande do Sul bateu todos os recordes de participação entre as palestras que a gente já fez. É uma coisa muito boa sentir a força do partido no Estado, dá para ver que as atuações da Letícia e da Rosangela foram muito benéficas. Elas são jovens, têm disposição e trouxeram uma nova energia ao partido”, disse a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio.

Letícia Boll Vargas

Alda destacou o fato de que a palestra ministrada para o núcleo feminino do Acre, coordenado por Cleice Freitas, teve mais de 100 inscritas e as participações de outras lideranças, entre elas duas forças políticas de Rio Branco, a capital do Estado: a vereadora Lene Petecão e a ex-deputada federal e pré-candidata a vice-prefeita Marfisa Galvão.

Além da coordenadora nacional do PSD Mulher, as palestras contam com as participações da vice-coordenadora, Adriana Flosi, e da secretária nacional e suplente de senadora por São Paulo, Ivani Boscolo.

“Precisamos lutar por mais mulheres na política e nos postos de direção partidária. Nossa sociedade não será democrática enquanto as mulheres não estiverem em postos de comando decidindo junto com os homens”, afirmou Alda.

Ela reforçou o pedido para que as pré-candidatas se inscrevam no Curso de Formação Política Eleitoral Feminina, promovido pelo PSD Mulher Nacional e o Instituto Brasileiro de Política e Cidadania Eleitoral (IBPCE). As interessadas podem se inscrever aqui.

Núcleos

A jurista Luciana Lóssio

A presidente do PSD no Rio Grande do Sul, Letícia Boll Vargas, ressaltou a preocupação do núcleo feminino com a qualificação das suas militantes. “O PSD é o único partido que trabalha pela formação política e traz esse conteúdo. É através deste trabalho que vamos fazer a diferença em nossas comunidades.”

A coordenadora do PSD Mulher do Acre, Cleice Freitas, também elogiou a iniciativa. “A palestra foi de grande valia. A doutora Luciana tirou muitas dúvidas e foi uma inspiração para as mulheres que estavam assistindo à live. Foi uma experiência muito boa poder trocar informações com pessoas que têm grande conhecimento. Depois será disponibilizado um vídeo da palestra para que possamos enviar às pré-candidatas que não puderam participar.”

Programação e conteúdo

A coordenadora do PSD Mulher no Acre, Cleice Freitas.

O ciclo começou no último dia 28 com os núcleos de São Paulo e Minas Gerais. No dia 1º foi a vez do Rio de Janeiro. A programação inclui, ainda, Pernambuco e Bahia (no próximo dia 15, às 15h e às 17h30, respectivamente); o Amapá (no dia 16, às 15h); o Ceará (no dia 17, às 17h30); e o Mato Grosso do Sul (no dia 18, às 15h).

Durante as palestras, Luciana e Humberto abordam as restrições e o que é permitido aos pré-candidatos. De acordo com a ex-ministra do TSE, desde que não peçam votos de maneira explícita ou indireta, os pré-candidatos podem conceder entrevistas; promover reuniões fechadas; participar de prévias, debates internos e reuniões do partido voltadas à discussão de ideias e propostas; além de prestar contas sobre suas atividades nos cargos públicos que ocuparam nos últimos quatro anos. As atividades de pré-campanha não podem ser transmitidas pelo rádio ou a TV, mas podem ser veiculadas pela internet.

Os palestrantes também falam sobre as mudanças na legislação eleitoral que tiveram como objetivo garantir maior participação feminina no cenário político, como o estabelecimento do percentual mínimo de 30% nos órgãos de direção partidária e nas eleições proporcionais. Apesar das conquistas, a ex-ministra do TSE, defensora da paridade de gêneros nas eleições majoritárias e proporcionais, sempre pondera que ainda há um longo caminho a ser percorrido.

“Nas eleições de 2016, apenas 13,5% dos vereadores eleitos no País eram mulheres. Dos cerca de 5.600 municípios brasileiros, quase 1.900 não possuem mulheres como representantes na Câmara. Somente 11,5% das mulheres estão à frente das prefeituras. Representamos 52% do eleitorado e a política precisa refletir essa composição. O Poder Judiciário está de olhos muito abertos para isso”, frisou Luciana.