A economista norte-americana Claudia Goldin, pesquisadora da Universidade Harvard e PhD pela Universidade de Chicago, recebeu o Prêmio Nobel para os estudos que desenvolve sobre desigualdade de gênero e mercado de trabalho.
O prêmio é concedido a cada ano pela Real Academia de Ciências da Suécia e, ao anunciar a escolha, a entidade pontuou que “as mulheres estão sub-representadas no mercado de trabalho global e, quando trabalham, ganham menos que os homens”.
Claudia Goldin é a terceira mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Economia, mas é a primeira a ser reconhecida de forma individual, sem dividir o reconhecimento com colega do sexo masculino.
Ainda segundo a Real Academia, Claudia Goldin coletou mais de 200 anos de dados dos Estados Unidos, o que permitiu demonstrar como e por que as diferenças de gênero nos ganhos e taxas de emprego mudaram ao longo do tempo.
Claudia vai receber prêmio no valor de 11 milhões de coroas suecas, o que equivale a cerca de R$ 5,1 milhões.
Brasil
No Brasil, segundo divulgou o IBGE em julho, mulheres têm, em média, 78% dos rendimentos dos homens. E no caso de pretas ou pardas, o percentual cai para menos da metade (46%) dos salários dos homens brancos.
“Este tipo de levantamento confere concretude, com números e reconhecimento, àquilo que sabemos e tema pelo qual precisamos lutar diariamente, que é enfrentar a diferença de oportunidade e condições de atuação do homem e da mulher nas diferentes esferas da vida profissional”, disse Alda Marco Antonio, coordenadora nacional do PSD Mulher. “E no caso desta pesquisadora, precisamos celebrar a premiação muito efetivamente, já que traz subsídios ao debate, e tem também o grande caráter simbólico de ter sido premiada de forma individual, a primeira mulher a receber este reconhecimento, desde que a premiação para ciências econômicas foi instituída, em 1969”, completou.
O PSD Mulher organiza e promove em diferentes espaços ações afirmativas, de formação e debate, voltadas a incrementar a presença da mulher na política.