O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) está com a lista definida dos atletas que irão representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris, que começam neste mês. E pela primeira vez na história da participação brasileira nas olimpiadas, a maior parte é de atletas mulheres.

Segundo dados do comitê olímpico irão à França 277 competidores, dos quais 153 representantes femininas, ou 55% do total de atletas. Nos últimos jogos, em Tóquio (realizados excepcionalmente em 2021 por conta da pandemia de Covid), o índice de mulheres da delegação brasileira era de 47%.

Em texto publicado pela comunicação do COB, a gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo da entidade e suchefe da delegação que vai a Paris, Mariana Mello, apontou que desde os jogos Rio 2016, o comitê tem buscado parcerias com confederações esportivas nacionais para ampliar a participação feminina. “Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. Com esse objetivo foi criada, em 2021, a área Mulher no Esporte no COB. As confederações também fizeram investimentos específicos no Feminino. Foi realmente uma estratégia que deu certo, e temos mais atletas se destacando internacionalmente”, disse.

Também de acordo com o COB, há um objetivo projetado para as mulheres brasileiras que competirão na França: que consistem mais pódios do que os homens que compõem o Time Brasil, delegação olímpica nacional, repetindo feito dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, do ano passado.

O site do COB traz texto sobre a delegação que vai a Paris, leia aqui.

A coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, afirma que mulheres têm alcançado representação em “esportes de ponta” e também em outras atividades, como Direito e Medicina. “Também aparecem em representação significativa em carreiras científicas e por exemplo em concursos para a Magistratura, Ministério Público ou outras carreiras públicas, o mesmo observando-se na iniciativa privada. É uma luta que tem sido travada”, afirmou. “O gargalo continua existindo sobretudo na ascensão a cargos de comando. Felizmente no esporte, sobretudo no esporte de ponta, as atletas vão conquistando cada vez espaço e muitas vezes o Pódio”, disse.

“Que as atletas brasileiras consigam nos representar com altivez e nos tragam muitas medalhas”, completou Alda.