Redação Scriptum
Para marcar o 8 de Março, a seção de São Paulo do PSD Mulher organizou nesta quarta-feira uma reunião, na sede do Partido, e contou com a participação de dezenas de lideranças, filiadas e militantes da causa feminina. Diferentes temas foram abordados, com destaque para a inserção feminina nos ambientes políticos e o combate à violência de gênero, e o partido apresentou as filiações da escritora e jornalista Isabel Fomm de Vasconcellos e da empresária e empreendedora social Chris Massis.
“Neste Dia Internacional da Mulher, nosso Partido vive um bom momento. Está crescendo com consistência.
Escolhemos para debater neste ano, o tema e a tragédia da violência, tema recorrente e difícil que se abate sobre nós. Ao mesmo tempo, queremos passar uma mensagem de esperança e de continuidade da luta que temos compromisso de travar”, disse a coordenadora estadual e nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio.
Isabel Vasconcellos, que tem mais de vinte livros publicados, apresentou um histórico da luta feminina por representação política, dando destaque à articulação e atividades de mulheres paulistas. Lembrou que o voto feminino só surgiu em 1932, a partir de luta de mulheres de São Paulo, e defendeu “morte ao dia 8 de março”, explicando: “é preciso lutar para que essa data não tenha o significado que tem hoje, que seja superada esta luta, e entre outras iniciativas, conseguirmos libertar os homens do machismo”.
A escritora apontou que atua politicamente há décadas – “sem nunca ter filiação partidária” -, destacou que nos anos 80 produziu programa na “TV Gazeta” para debater a luta das mulheres, que tinha Alda Marco Antonio como participante, e pontuou conquistas recentes, como a lei do feminicídio, de 2015, e legislação que combate a violência política de gênero, de 2021.
“Nós devemos comemorar o fato de sermos mulheres, que estamos na política, no mundo dos negócios e em outros lugares, e todas sabemos que temos um espaço a ocupar na sociedade”, disse a secretária estadual e nacional do PSD Mulher, Ivani Boscolo. “Nos reencontrarmos hoje depois de três anos só visitando na ‘telinha’ é muito gratificante”, completou, aludindo a reuniões que foram organizadas remotamente em função da pandemia da Covid-19.
Chris Massis atua com a comunidade carente no bairro do Morumbi, na capital, e também com atividades relacionadas ao futebol, com presença no São Paulo Futebol Clube. E pontuou a importância de debate em prol de igualdade de gêneros, lembrando que o segmento do esporte e do futebol são “muito machistas”. “Temos que lembrar que somos iguais, homens e mulheres, e acabou. Não buscar uma igualdade por vitimismo ou por obrigação”, disse.
A atividade organizada na sede do PSD-SP, no centro da capital paulista, contou com retrospectivas das atividades do PSD Mulher e trocas de experiências entre as participantes antes das falas do evento, em antessala organizada para recepciona-las. Ivani destacou a importância das atividades desenvolvidas em âmbito estadual e nacional que o PSD Mulher promoveu nos últimos anos.
Alda lembrou que o PSD Mulher tem “crescido muito” e também a participação de mulheres filiadas ao partido em diferentes instâncias de debate político. Lembrou que hoje o PSD tem seis senadoras, quatro deputadas federais, 76 prefeitas e 88 vices, além de vereadoras e secretárias. Ao todo, o partido tem quase mil mulheres exercendo mandatos para o qual foram eleitas nas duas últimas eleições.
As vereadoras de São Paulo, Edir Salles, e Professora Cris do Barreto estavam entre as participantes, e também pontuaram a luta no legislativo por causas de valor para as mulheres e por maior representação feminina. A médica Isabel Martinez falou sobre a importância de saúde pública com foco nas mulheres e com caráter preventivo.