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A deputada federal do PSD de Sergipe, delegada Katarina Feitoza, foi destaque em matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo esta semana. A reportagem destaca que a parlamentar do PSD realizou um feito histórico nas eleições do ano passado, quando foi uma das duas mulheres eleitas pela primeira vez na história do Estado para a Câmara Federal. A outra deputada eleita em Sergipe foi Yandra de André (União Brasil).

Veja aqui a íntegra da matéria da Folha de S. Paulo (para assinantes)

A deputada Katarina Feitosa, de 49 anos, é delegada e era a vice-prefeita de Aracaju. Ela fez parte da equipe de transição e foi uma das organizadoras da campanha do atual governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), nas últimas eleições. Na Câmara, seu propósito é defender pautas relacionadas às mulheres e aos problemas do Estado.

Para Katarina, a ausência de mulheres não é um fenômeno apenas de Sergipe, mas nacional, pois a representatividade da mulher na política ainda é baixa. “É complicado porque para eu responder vou ter que falar de todas as dificuldades que a mulher passa. É como se a gente estivesse numa corrida de 100 metros, competindo com os homens, só que a nossa corrida é com obstáculos, então, nós temos que enfrentar vários deles até chegar lá na frente”, disse.

De acordo com Katarina Feitoza, sua bandeira não será apenas a da mulher, mas pretende trabalhar com uma agenda mais ampla, incluindo segurança pública, geração de emprego e renda e políticas públicas de defesa de vulneráveis. “Quando eu defendo essas políticas, estou defendendo a mulher. Minha propositura como deputada federal vai ser sempre de ter um olhar sensível para essas causas”, disse.

Como delegada, ela afirma que defende um controle melhor sobre o acesso da população às armas, mas, segundo ela, é importante ter uma visão menos preconceituosa sobre o tema. “Tudo na vida tem que ter equilíbrio”, diz. “Armar a população não é a saída, agora, você também não pode tirar o direito de quem queira e tem a responsabilidade e treinamento para isso, no caso dos Cacs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador)”

Em relação às demandas específicas de Sergipe, a deputada afirma que pretende trabalhar para a geração de emprego e renda. “Nós temos aqui uma atuação muito tímida dos órgãos federais. Nós temos no baixo São Francisco, um dos menores IDHs do Nordeste e isso não condiz com a riqueza natural da região”, disse.

Bancada feminina

Nas últimas eleições, a bancada feminina aumentou cerca de 18% no Congresso Nacional. Na Câmara, o número de parlamentares passou de 77 para 91. Apesar do resultado, a bancada cresceu menos do que em 2018. No pleito passado, o salto feminino na Câmara dos Deputados foi de 51% —de 51 para 77 parlamentares mulheres.

Até as eleições de outubro do ano passado, os sergipanos nunca tinham escolhido uma mulher para representá-los em Brasília. Em 2001, a jornalista Tânia Soares (PT) assumiu o cargo representando o Estado. Entretanto ela era a suplemente.