O México confirmou no último domingo (2) a eleição de uma mulher à presidência do país pela primeira vez em sua história. Física e com experiência no setor público e disputas políticas, Claudia Sheimbaun, de 61 anos, recebeu cerca de 60% dos votos em um universo de cerca de cem milhões de eleitores, vencendo a disputa contra outra mulher em segundo lugar, Xóchitl Galvéz, que marcou 27% dos votos.

No próprio domingo, projeções dos meios de comunicação e do INE (Instituto Nacional Eleitoral) já destacavam a liderança e larga chance de vitória da aliada do atual presidente, Andrés Manuel Lopez Obrador.

A nova presidente de um dos maiores países das Américas tem phD em engenharia de energia e já desenvolveu diferentes pesquisas em desenvolvimento sustentável e meio ambiente. Foi secretária do Meio Ambiente na Cidade do México, e secretária de Meio Ambiente e Recursos Naturais na gestão presidencial de Obrador.

Ela é filiada ao partido Morena, sigla que significa Movimento de Regeneração Nacional, e já havia sido chefe de Governo da Cidade do México e prefeita da cidade de Tlalpan.

Com mais de 127 milhões de habitantes, o México é um dos dez países mais populosos do mundo e uma das principais economia das Américas.

“Saúdo e festejo os avanços alcançados pelas mulheres mexicanas. Desejo à nova presidente uma grande gestão. Competência e preparo ela já demonstrou que tem. Lamento que no Brasil, as recentes Leis de incentivo à participação da mulher na Política são muito tímidas e têm produzido ainda parcos resultados”, disse a coordenadora nacional do *PSD Mulher*, Alda Marco Antonio.

Alda também destacou dispositivo da legislação eleitoral mexicana, que prevê a votação por meio de listas e nomes de mulheres e homens em quantidades iguais na definição das chapas dos partidos. O tema se insere no contexto de Reforma Constitucional do país votada em 2020, que busca paridade de gênero nos poderes executivo, legislativo e judiciário.

“Na América Latina, quando se trata de participação política da mulher, nosso país está à frente apenas do Haiti. Uma lástima como estamos atrasadas. O PSD Mulher luta por equidade de gênero em todos os níveis da política. E que a equidade que buscamos conquistar seja com a força de Lei”, disse Alda.