A Justiça Eleitoral estreou nesta quinta-feira (9) nova campanha de “incentivo, valorização e respeito às mulheres no meio político”, segundo destacou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A iniciativa tem o slogan “Mulher na política é outra história”, com veiculação em emissoras de rádio e TV do Brasil por um mês, até 9 de junho.

No vídeo, mulheres de diferentes idades manifestam opiniões sobre direito ao voto, representatividade e violência política de gênero. A peça também apresenta informações como o ano em que ocorreu o primeiro voto feminino (1932), a quantidade de cidades que não elegeram vereadoras em 2020 (846) e dados sobre registros de violência política de gênero – sete casos por mês, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Para conferir o vídeo, clique neste link.

O TSE também destacou que a campanha pela participação feminina marca também início de uma fase do ciclo eleitoral deste ano: escolha das candidatas e dos candidatos que concorrerão ao pleito.

O órgão destaca que antes de ter os registros deferidos na Justiça Eleitoral para poder concorrer nas eleições municipais deste ano, os postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador precisam ter sido escolhidos pelos partidos políticos ou pelas federações.

As convenções partidárias ocorrerão de 20 de julho a 5 de agosto, e as agremiações terão até o dia 15 de agosto para registrar os nomes de suas preferências. As legendas devem observar o que diz a lei: cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo nas eleições para as câmaras municipais, conforme prevê a Lei das Eleições (artigo 10, parágrafo 3º, da Lei nº 9.504/1997).

 

Estatísticas

O Tribunal Superior Eleitoral também destacou aspectos estatísticos da participação feminina. Segundo o órgão, nas Eleições 2020, as candidaturas femininas cresceram em comparação a 2016, saltando de 31,9% naquele ano para 33,3% no último pleito municipal. Entretanto, a proporção ainda é baixa em comparação com o eleitorado feminino, que corresponde atualmente a 53% do total.

 

Além disso, no pleito de 2020, apenas 663 dos mais de 5,5 mil municípios (11,9% do total) elegeram prefeitas e 17% das cidades (935) não elegeram nenhuma vereadora.