A senadora Daniella Ribeiro chamou atenção para o fato de não haver nenhum parlamentar homem presente ao evento.

 

Edição Scriptum com Agência Senado

 

Com seis senadoras, a bancada feminina do PSD é a maior do Senado e estava representada no evento da noite de terça-feira (8) em que foi lançada a campanha Agosto Lilás, de conscientização sobre a violência contra mulheres, e que também celebrou os 17 anos da Lei Maria da Penha. Além das senadoras, o evento teve ainda a presença de representantes femininas da Câmara dos Deputados.

Procuradora da Mulher no Senado, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) afirmou que a iluminação lilás nos prédios das duas Casas Legislativas pode parecer pouco, mas é simbólica. Para a parlamentar, nunca é demais enaltecer a Lei Maria da Penha e os avanços que ela ajudou a promover na sociedade.

“A partir dessa legislação, as práticas violentas dentro de casa passaram a ser tratadas como os crimes que sempre foram. Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim. Não é possível mais normalizar a violência nem a cultura machista que trata a mulher como propriedade. Muitas perceberam que estavam em um relacionamento abusivo a partir dessa lei”, disse.

Líder da bancada feminina no Senado, a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) reforçou o simbolismo do evento e da campanha, mas chamou atenção para o fato de não haver nenhum parlamentar homem presente ao evento. Para ela, é importante que os deputados e senadores continuem a caminhar com as mulheres nas pautas relevantes.

“Se eles não estiverem do nosso lado, é difícil mudar, porque eles ainda são maioria nos espaços de poder. Temos a nossa parceria, mas que no próximo ano os colegas senadores estejam aqui, bem como os homens do governo federal, para acender a luz que indica a todos a necessidade de cuidar bem das nossas mulheres”, defendeu.

Realizado no Salão Nobre da Câmara, o evento – que teve também a participação da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) – divulgou o tema deste ano para o Agosto Lilás: “Nossa voz representa a mudança”. A campanha, instituída pela Lei 14.448, de 2022, determina a articulação da União, dos Estados e dos municípios em prol da defesa e garantia de direitos de todas as brasileiras.